segunda-feira, março 20, 2006

Gui Lin

Ás 7h da manhã acordei em Gui Lin, no estado de Guangxi (adoro camionetas de noite, não perco tempo em viagens e poupo no hotel).

O nevoeiro que me persegue desde o norte do Vietname não dá ares de estar de partida... está um dia frio, cinzento e húmido... Perco a vontade de ficar por aqui, cada vez mais me apetece seguir para as montanhas e viver num mosteiro a aprender Tai’Chi com um monge careca que me trate por gafanhoto durante o resto do tempo que tenho na China.

Mas um pouco de nevoeiro não me vai fazer desistir de ser turista por mais uns dias: entro na primeira agência de viagens que encontro e contrato um dia de turismo intensivo por 3 euros, i.e., uma camioneta que me levará a todas as atracções turisticas de Gui Lin.



Subida para o Beauty Peak no Pálacio Wang Chen


Ao chegar à camioneta, parece que serei eu e a guia (que não fala inglês, surpresa!) todo o dia, mas estava enganada, depois da primeira paragem junto-me a um grupo que tinha saido um pouco mais cedo. Só chineses (claro!) e todos me olham como se eu fosse uma atracção de circo. Tentam falar comigo mas ninguém fala inglês e eu ainda nem aprendi a dizer Portugal em Chinês... tento apontar para o livro de frases mas fico sem ele rápidamente, roubado para ser admirado por todos os presentes que 5 minutos depois o descartam como inutil... desisto...

Aceleramos pela cidade até ao Mausoleu da Sister Liu, o que será isto?

Espectaculo no Parque da Sister Liu


Uma especie de parque animado comemorativo das tribos das montanhas onde tudo prima pela artificialidade. As roupas dos actores (que pelas feições percebo não têem pisca de sangue das étnias que representam), as cerimónias imitadas, as músicas cantadas para dentro de megafones... Na verdade, achei o espaço um pouco deprimente mas os meus companheiros parecem contentes. E, enquanto os esperava perto da camioneta descobri uma das melhores ofertas chinesas: batata doce assada! Feita num pequeno forno parecido com aquele usado em Lisboa para as castanhas assadas no outono, estas batatas desfazem-se na boca de tão boas e bem cozinhadas!

Seguimos para o almoço, esta sim a experiência cultural do dia! Sentamo-nos todos numa mesa redonda com uma plataforma rotativa ao meio. Os homens servem chá uns aos outros deixando as senhoras para o fim, depois vem um licor transparente com 53% de alcool, bebida que nem nos é oferecida (ainda bem!). Enchemos umas pequenas tigelas de arroz branco e tudo o resto é partilhado por todos directamente na travessa. Não há nada vegetariano, até o tofu vem com carne de porco... e claro, os ossos vão parar à mesa ou ao chão. Afinal é verdade, eles cospem mesmo para cima da mesa... Entre uma coisa e outra não almoço grande coisa...

A visita continua pela tarde, mais uns palacios, uma gruta. Na verdade não fiquei impressionada, mas talvez seja do cansaço.


Uma gruta ou um cenário de um concerto de rock?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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19 maio, 2006  

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