domingo, março 05, 2006

Mercado de Bac Ha

Às 7h da manha saímos de Sa Pa (onde cheguei de Hanoi ontem de manha) em direcção a Bac Ha. Se soubesse que me esperavam 6 horas metida numa mini-van não tinha ido... 3h para ir e 3h para voltar, a verdadeira estuxa!

13 turistas de variadíssimas nacionalidades tentamos entreter-nos com as mesmas conversas de sempre... "o que fazes?" "de onde vens?" "para onde vais" Perguntas que, se parássemos para pensar e respondessemos seriamente as respostas seriam bem diferentes dos lugares comuns como profissão, cidade X e pais Y.

Na estrada, o nosso condutor acelera em cada curva, ou não estivéssemos na Ásia! Uma verdadeira montanha-russa, de paisagem cinzenta e enevoada...

Chegamos ao mercado às 11h30, temos 2h e meia para passear.

Todos os domingos, neste pequena cidade as mulheres das aldeias vizinhas trocam produtos e noticias.

Observo-as, alheias aos turistas, conversar, comprar, passear. As mais novas, coquetes e vaidosas movem-se em grupos risonhos e coram perante os correspondentes grupos de rapazes. Sinto-me bem ao observar esta simples humanidade. Tenho a impressão que se mudasse um pouco as cores e feições podia estar em qualquer mercado tradicional do mundo. Nos Andes, em Trás-os-Montes. Afinal somos mesmo todos iguais, concluo mais uma vez.

As câmaras não parecem afectar demasiado a acção que se desenrola à minha frente. Ainda assim, sinto-me um pouco desconfortável com a maquina fotográfica na mão. Mas sou turista e as cores deste trajes tradicionais fascinam-me, não resisto!




Vestidas nos seus trajes tradicionais vejo as mulheres da tribo Hmong comprar e vender fios de la de cores berrantes com que farão as suas saias e lenços.


Roupa já feita, saias, calcas, camisas, sacos para transportar coisas ou bebes.

Cereais, legumes e fruta.

Os homens dedicam-se a outro comercio: ferramentas para a lavoura, animais.


Houve momentos em que tive a sensação que havia mais turistas do que locais... a quantidade de autocarros estacionados dava-me razão e não fui a única que achou o mesmo...

Depois do mercado visitamos uma aldeia próxima.

Senti-me como uma invasora num espaço que não se desvendava aos meus olhos, visto assim, este sitio não tem nada para contar. Não há pessoas pelas ruas. São poucos os animais. O guia dirige-nos a uma casa tradicional invadimos com os nossos olhares curiosos mais uma vez sem resultados positivos.


Foi a primeira e ultima vez que participei numa viagem destas. É assim, ser turista, aprende-se com os erros! :)