Tianzhu Peak
Para começar o tempo de viagem: 1h de minibus, 3h na fila de espera do teleférico...

Lá em cima encontro um quarto mais pequeno do que uma cabina de comboio, que dividirei com 4 simpáticas chinesas. Pelos varios niveis do templo há centenas de turistas chineses, barulhentos e desarrumados que deixam um rasto de cascas de amendoim e embalagens de sopas de fitas instantaneas por onde passam. Não era o que esperava... Afasto-me da multidão e é de longe que vejo os únicos ocidentais que “encontrei”, impossível alcança-los.

Depois do pôr-do-sol instala-se um frio húmido em todo o templo. Janto e deito-me cedo depois de comer umas sementes duras que as minhas companheiras de deram, continuo sem saber o que seriam.
Pelo menos as idas à casa-de-banho tornam-se um pouco mais suportaveis na gélida manhã: nunca tinha visto nada assim, uma sala fétida, com um pequeno muro de 1 metro de altura que separa a entrada da zona “privada” onde existe um canal profundo, totalmente aberto que parece não ser limpo há semanas. Ontem o cheiro tinha uma consistência tal que parecia uma entidade física, como uma besta que me esmurra a cara e o estômago todos os segundos que permaneço nesta sala. Hoje o frio acalmou a besta mas a experiência continua no limite do suportavél.
Há três portas que dão accesso ao topo do templo: a Porta do Povo é um arco sempre aberto, a Porta dos Principes de madeira e metal só é aberta aquando da visita de um membro da familia real, e esta, a Porta das Almas Penadas, feita em pedra não se pode abrir e impede assim a entrada de maus espíritos.
De madrugada as multidões ainda não chegaram e aproveito a calma para visitar o templo. Um dos monges, sem dizer palavra, tira-me a máquina da mão e empurra-me para poses fotogénicas:


Depois de passear por todos os cantos e perceber que ali não há ninguém que fale inglês, gesticulo à menina do “abrigo” que procuro aulas de Tai’Chi, acabo por ter de imitar o Bruce Lee para me fazer entender, mas consigo um papel com 3 caracteres chineses!
Mais uma vez não sei para onde vou, nem como lá chegarei mas confio que é o sitio certo!

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