sexta-feira, setembro 30, 2005

Viajar de comboio

Apanhei o Jaisalmer Express as 17h35 na estacao de Old Delhi.

Quando encontrei o meu lugar o compartimento ja estava cheio. Comecamos a viagem 11 pessoas sentadas no lugar de 6. Duas coreanas, 8 estudantes indianos e eu.

Embora o comboio seja de longo curso, parava em todas as estacoes a saida de Delhi pelo que era tambem utilizado por "commuters" de regresso a casa.

Os nossos companheiros de vagao estavam extremamente interessados na nossa presenca e perguntaram nome, pais, idade, o que faziamos... Pediram para ver os nossos livros, as maquinas fotograficas, os oculos escuros, os relogios. Uma senhora vestida com um saree amarelo canario pedia tudo de presente, dizia (em hindi) que se lhe dessemos alguma coisa seriamos suas amigas e sorria um sorriso desdentado.

Um dos estudantes comecou a pedir para lhe ensinarmos frases em espanhol (portugues nao lhe interessou muito...) e coreano. E depois, para divertimento de todos, falou-me em coreano e em espanhol com as coreanas!

A certa altura, comecei a reparar que em cada estacao subia mais gente mas eu nao os via dentro do vagao... Nao sei porque me surpreendeu, ja tinha visto mil vezes na televisao comboios na India cheios de gente nos tejadilho, mas de alguma forma, estar dentro de um comboio assim chocou-me...

2 horas depois o ambiente acalmou e acomodamo-nos para as 20h de viagem que faltavam.

22h num comboio... Ha tempo para conversar, para ler, para sonhar, para dormir, para imaginar, para dormir, para olhar pela janela, para ler...

Cheguei a Jaisalmer um pouco zombie mas gostei da sensacao de antecipacao que cresceu dentro de mim ao longo da viagem. A chegada e mais saborosa quando o caminho e longo.

VI UM ELEFANTE!!!

Um Elephas Maximus!!!
Enorme, com a testa pintada.
Apareceu de repente, no meio da rua movimentada onde me dedico a observar as pessoas que passam, entre rickshaws, vespas e carros.

Imponente! Lindo!

Disse-me um espanhol que ver um elefante nos primeiros dia de visita a India e sinal de sorte! :-)

Mas tambem da que pensar...

quinta-feira, setembro 29, 2005

Delhi

(este teclado nao tem acentos...)

E dificil descrever as sensacoes que me invadem nesta cidade... Sinto uma mistura de repulsa com atraccao que me fez ficar horas a olhar para as pessoas passar numa esplanada em Pahar Ganj mas tambem querer ir-me embora quanto antes...

Ha uma mistura de humidade, calor e poluicao que torna a cidade muito desagradavel (embora me tenham dito que estou a ter sorte, pelo menos o ceu esta azul e nao castanho como nos piores dias). As pessoas sao simpaticas mas tornasse chato que estejam a tentar falar comigo a cada minuto...

"Madam! Madam! Come see my shop!
Where are you from? Portugal?! Aaah... Vasco da Gama!
Beautiful lady, welcome to India!" hihihi este nao me importo de ouvir... lol

Basicamente nao fiquei fa...

Fui aos monumentos mais importantes, a Fortaleza Vermelha, a Jama Masjid e a Jantar Matar. Dei uma volta pelo bairro muculmano de Nizzamudim e visitei o Tumulo de Humayun (muito tranquilo e bonito, o melhor de Delhi, sem duvida). Mas como ja disse quero sair daqui rapidamente pelo que amanha (dia 30) apanho um comboio para Jaisalmer.

Impressoes da India?... ainda nao da para dizer... O cheiro nao e tao mau como esperava. A comida nao e tao boa...

Estou a gostar mas acho que a India que procuro esta longe de onde estou agora.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Isto é que é reciclar!

domingo, setembro 25, 2005

Por onde andei?

Galeria Austriaca Belvedere onde vi uma óptima exposiçao sobre a história austriaca no séc. XX A Nova Austria

A casa Hunderwasser parece Gaudi!

Fui ao Museu Albertina ver uma exposiçao de Rudolf von Alt que me tocou pela dedicaçao deste artista ao seu trabalho, e pelo reconhecimento que recebeu no fim da vida.

Almocei no Palmenhaus com o Joni e segui para uma das ruas mais movimentadas de Viena, a Mariahilfer Strasse.

Depois fui ao quarteirao dos museus, um espaço espectacular dedicado às artes com vários museus de arte moderna e contemporanea, cafés, esplanadas, lojas, livrarias, o museu de arquitectura, etc.

Acabei por nao ir aos jardins barrocos do palácio Schonbrunn, nem fui ver os exercicios matinais da escola equestre espanhola, mas é sempre bom deixar algo por ver, assim há mais razoes para voltar!

Wien

Em Viena há muitas árvores e flores e corvos. Vista do ar impressiona a quantidade de jardins, mas cá em baixo vêem-se menos, porque estao escondidos dentro dos edificios. Ainda assim, há muito parques e jardins onde os vienenses (?) passeiam os caes e os filhos ao fim de semana.

Em Viena há electricos muito compridos vermelhos e brancos, como a bandeira austriaca. Há muitas bicicletas. Nos semaforos há dois sinais virados para o passeio: o do peao comum e o de um ciclista que, quando está parado, continua montado na bicicleta mas tem o pé no chao - é divertido.

Em Viena penduram os jornais em bolsas de plástico nos sinais de trânsito. Só paga o 1,2€ quem quer, nao há nenhum sistema de segurança. Há bicicletas de graça para os habitantes de Viena, mas só se podem usa ¡r durante uma hora, depois devesse devolver a um dos muitos parques de biclicletas comunitarias que há espalhados pela cidade. Os caixotes do lixo têm o mesmo formato que os de cor de laranja de Lisboa mas sao prateados.

Em Viena come-se schnitzel (carne panada) e umas bolinhas de farinha parecidas com gnochis. Bebe-se cerveja e sumo de mça com gás. O pao é muito bom e os bolos também.

Há muitos turistas em Viena. Americanos, japoneses, espanhóis... e eu!

Nao entendo nada do que me dizem... fala-se alemao com um sotaque doce mas como eu nunca passei de contar até 10... Receio que se tentar dizer algo mais me vao falar muito e muito rápido e ficarei de olhos arregalados sem entender nada... terei entao de obrigar o meu interlocutor a repetir tudo em inglês e isso nao é nada simpático... há muito tempo que nao visitava um país onde nao entendo nada...

sexta-feira, setembro 23, 2005

1º dia

A chegada a Viena foi um pouco surreal... Jantei num brasileiro, bebi um sumo tropical num mexicano e acabei a noite a dançar salsa num sitio chamado Floridita. Tudo isto rodeada de espanhois, claro!

Que povo tao engraçado, sao latinos até ao tutano, estejam onde estiverem!